“Acredito que Portugal vai sair desta crise mais forte enquanto país e enquanto membro deste projeto comum de paz e prosperidade que é a União Europeia e que o fará, valorizando a integridade do seu território”, afirmou Elisa Ferreira.
A comissária europeia para a coesão e reformas falava numa mensagem em vídeo transmitida hoje na sessão solene comemorativa dos 821 anos da cidade da Guarda, realizada ‘online’ devido à pandemia causada pela covid-19.
Elisa Ferreira lembrou na sua intervenção que foi elaborado um plano europeu de recuperação da economia, “com um grau de ambição nunca visto” e que a União Europeia espera “dotar-se de 750 mil milhões de euros para além dos fundos do seu orçamento”.
“Para termos uma noção do que isto significa, Portugal irá ter, em princípio, à sua disposição, em cada ano, entre 2021 e 2023, quase duas vezes e meia mais fundos europeus, a título de fundo perdido, do que aqueles que tem vindo a gerir, por ano, entre 2014 e 2020”, disse.
Referiu tratar-se de “uma enorme oportunidade”, pois o país “vai dispor de meios para reconstruir a economia em novas bases, mais sustentáveis, e corrigir obstáculos estruturais ao seu desenvolvimento”, mas é também “uma enorme responsabilidade”.
“Este esforço nacional só faz sentido com uma forte consciência territorial e com um forte reequilíbrio social e regional. Esta é também uma oportunidade para pensar o território nacional como um todo e para desenvolver novos polos de competitividade no quadro de uma estratégia de desenvolvimento geográfica e socialmente harmoniosa. Nisto, os agentes locais, têm um papel fundamental”, apontou Elisa Ferreira.
Na opinião da comissária europeia portuguesa, as estratégias de relançamento da economia têm de ser feitas em moldes diferentes dos do passado.
“Têm de ter uma nova relação com o ambiente, utilizar as novas tecnologias digitais e têm de consolidar uma nova coesão territorial e social. Esta oportunidade tem de ser assumida com enorme responsabilidade”, alertou.
Segundo Elisa Ferreira, “nenhum país pode crescer sustentavelmente negligenciando grande parte do seu território”.
“O crescimento em rede, equilibrado, promovendo cidades médias valorizando o espaço rural e as zonas de montanha é essencial”, rematou.
Na sessão ‘online’ comemorativa do dia da cidade da Guarda foram também intervieram os presidentes da Câmara Municipal, Carlos Chaves Monteiro, e da Assembleia Municipal, Cidália Valbom.
Comentários