Os responsáveis pelo estudo analisaram os dados de mais de 40 mil casos de infeção registados em Inglaterra entre março e maio deste ano e concluíram também que “o risco de hospitalização ou admissão em cuidados intensivos nos 14 dias a seguir ao contágio também é 1,45 vezes superior em comparação com a variante Alfa”.
Os investigadores determinaram quais dos doentes estavam infetados com cada uma das variantes olhando para sequenciação genética do vírus.
A maior parte dos 43.338 casos analisados é de pessoas que não estavam vacinadas de todo ou ainda não tinham completado o ciclo de vacinação, destacou um dos principais investigadores, Gavin Cabrera, da autoridade de saúde pública inglesa.
“Já sabemos que a vacinação protege contra a Delta e que esta variante é responsável por 98% dos casos de infeção no Reino Unido”, indicou, referindo que o estudo “confirma resultados de estudos anteriores”.
Durante o período em que se realizou o estudo, 80% dos casos verificados foram da variante Alfa, mas, à medida que a análise avançou, a Delta acabou por se tornar a mais prevalente, provocando dois terços das novas infeções na última semana analisada.
Um em cada 50 pacientes foram hospitalizados nos primeiros 14 dias após serem contagiados com o SARS-CoV-2 e os resultados mostraram uma incidência 2,26 vezes superior de internamentos com a variante Delta.
Apenas 1,8% das pessoas analisadas tinham vacinação completa, 24% tinham recebido a primeira de duas doses e 74% não tinha sido vacinada.
Os autores do estudo salientam que não se pode tirar a partir daí “conclusões significativas sobre como o risco de hospitalização difere entre pessoas vacinadas que contraem infeções com as variantes Alfa e Delta.
Mesmo assim, pode concluir-se que, “na ausência de vacinação, quaisquer surtos Delta sobrecarregarão mais os serviços de saúde do que surtos Alfa”, notou a investigadora em estatística Anne Presanis, da Universidade de Cambridge.
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