Em declarações ao jornal Público, a EMA refere que tem estudos preliminares que indicam que, para a dose de reforço da vacina contra a covid-19, pode ser administrada uma vacina diferente da usada nas doses iniciais, nomeadamente quando a vacina usada nas doses anteriores for de vetor viral (como a AstraZeneca e a Janssen). Os estudos sugerem que a administração de uma vacina de outro tipo, nestes casos, geram um aumento mais rápido de anticorpos, referindo ainda que esta dose pode ser tomada mais cedo.
“Dados preliminares de estudos sobre reforços heterólogos [em que a dose da vacina de reforço foi diferente da usada antes] indicam que o reforço pode ser dado mais cedo, para obter um aumento rápido dos anticorpos”, afirmou a porta-voz da EMA, Laure Herold, à publicação.
A entidade deverá assim "rever estes dados juntamente com dados específicos das vacinas de vetor viral [como as da AstraZeneca ou da Janssen] para as quais a dose de reforço ainda não esteja aprovada e tornar pública essa recomendação logo que a avaliação esteja terminada”.
“A administração da dose de reforço cerca de seis meses após estar completa a série da vacinação primária gera uma resposta imunitária eficaz e seis meses é o intervalo usado nos estudos com doses de reforço de vacinas de ARNm [ARN mensageiro] homólogas [quando é usada a mesma vacina]”, acrescenta.
Até agora a recomendação indica que a dose de reforço seja administrada seis meses depois da segunda dose. Esta atualização poderá permitir a vacinação de mais 800 mil portugueses com mais de 65 anos, que considerando os prazos atuais só deveriam receber a dose de reforço no próximo ano.
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