O funcionário, que estava em casa, fez o teste na sexta-feira e os seis outros que tiveram contacto com ele foram identificados, estão de quarentena e vão também ser testados, acrescentou a mesma fonte.
Este é o primeiro caso conhecido de um funcionário da Assembleia da República com teste positivo para o coronavírus.
De acordo com o plano de contingência em vigor no parlamento desde março e que tem vindo a ser atualizado, quando se declarou a pandemia, todas as pessoas que se deslocam dentro do edifício têm que usar máscaras e é recomendada a regra do distanciamento social.
Os grupos parlamentares foram informados deste caso positivo de covid-19 através do gabinete do secretário-geral da Assembleia da República, Azevedo Soares, e hoje à tarde, já depois de ser divulgada a notícia pelos media, foi distribuído um e-mail pelos funcionários pela Divisão de Recursos Humanos e Formação.
"Desde o momento em que tal facto chegou ao conhecimento da Assembleia da República, foram tomadas todas as medidas preventivas necessárias, nos termos do Plano de Contingência da AR, em articulação com o gabinete médico e de enfermagem e o Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente foram identificados todos aqueles que com ele haviam tido contacto próximo", lê-se no e-mail, a que a Lusa teve acesso.
É ainda informado que o delegado de saúde colocou "cinco funcionários parlamentares em isolamento profilático e um outro, por precaução, ficou dispensado de se apresentar ao serviço e aconselhado a permanecer em casa".
"Todos os espaços onde o funcionário parlamentar permaneceu e por onde se deslocou foram devida e imediatamente desinfetados", segundo a comunicação da Divisão de Recursos Humanos, que promete "mais informações assim que se justificar, designadamente quanto aos resultados dos testes que forem realizados.
Durante o período mais crítico da pandemia e de confinamento, entre março e abril, o parlamento não fechou, mas reduziu substancialmente a sua atividade e a presença de funcionários, a maioria dos quais estiveram também em teletrabalho.
Ao nível dos funcionários parlamentares foi feita uma redução substancial da sua presença física e diariamente eram menos de 15 os que trabalham no Palácio de São Bento, número que subia para cerca de 80 em dias de plenário, até abril.
Só em maio os plenários da Assembleia foram retomando o seu ritmo semanal, embora com adaptações, de forma a não estarem muitos deputados na sala de sessões.
Em junho e julho, a presença de deputados nos plenários e reuniões de comissões passou a ser mais numerosa, embora alguns o tenham feito à distância, por videoconferência.
O último plenário da sessão legislativa realizou-se na sexta-feira, 24 de julho, tendo na agenda o debate do estado da nação, e os trabalhos estão suspensos devido às férias até início de setembro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 654 mil mortos e infetou mais de 16,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.722 pessoas das 50.410 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
(Notícia atualizada às 19h28)
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