Segundo avança hoje o Diário de Notícias (DN), o Hospital Militar de Belém, que opera neste momento com a designação de Centro de Apoio Militar (CAM) Covid-19, já está a receber doentes infetados. Na quarta-feira, recebeu três pacientes, mas mais chegaram ontem às suas instalações.
Alguns dos doentes, apura o jornal, foram transferidos do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), depois desta instituição de saúde ter pedido ajuda à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT) para aliviar a sua gestão de pacientes.
"Após a solicitação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Centro de Apoio Militar Covid-19 começou a receber utentes do Serviço Nacional de Saúde, ontem à noite", confirmou o Ministério da Defesa, responsável pela gestão do Hospital Militar de Belém, ao DN.
O surto de novos casos na região também já levou Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte a pedir auxílio por se encontrar perto de atingir a sua capacidade. No entanto, um porta-voz deste hospital universitário garantiu ao DN que essa situação ficou circunscrita à semana passada e que “neste momento está tudo controlado e com camas disponíveis".
Inaugurado há dois meses e meio depois de trabalhos de reabilitação, o Hospital Militar de Belém tem, de acordo com fonte do ministério da Defesa, “condições para receber até 30 doentes, existindo para isso uma estrutura logística e administrativa e uma estrutura clínica em funções, com cerca de 50 militares do Exército".
A sua falta de uso no combate à pandemia, indica o jornal, começava a tornar-se polémica, mas o ministério da Defesa explicou que “numa primeira fase o CAM Covid-19 não recebeu doentes, por inexistência de solicitações do Serviço Nacional de Saúde", sendo que "agora que a sua capacidade começou a ser solicitada, funcionará como unidade de apoio de retaguarda, assumindo-se como um ativo importante com o qual as autoridades de saúde podem contar".
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