A decisão de cancelar o desfile carnavalesco previsto para decorrer entre 26 de fevereiro e 01 de março é justificada em comunicado, pela autarquia, com o aumento de número de infeções pela variante Ómicron do novo coronavírus “que não permite o planeamento atempado da sua programação”.
“Tomamos, uma vez mais, esta decisão difícil, cientes de que este é o caminho certo porque o Carnaval é um evento propício ao contacto social, pois reúne anualmente uma média de 70 mil visitantes”, justifica o presidente da Câmara de Loulé, citado na nota.
Para Vítor Aleixo, “esta nova variante [Ómicron] é extremamente contagiosa, o que poderia levar a um aumento da propagação do vírus [Sars-Cov-2] no concelho de Loulé, algo que se quer evitar a todo o custo”.
“Ao cancelarmos o nosso desfile, priorizamos a saúde da nossa comunidade”, alega o autarca.
A autarquia adianta que está a ponderar a realização de iniciativas que reforcem a importância deste evento, mas que não coloquem em causa a segurança sanitária da população.
Este é o segundo ano consecutivo em que o desfile do Carnaval de Loulé é cancelado devido à pandemia da covid-19.
A covid-19 provocou 5.494.101 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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