“Essa é uma questão essencial: percebermos se estamos em segurança nos nossos locais de trabalho, percebermos se estamos em segurança no transporte público, e aquilo que nós temos visto é que nem sempre isto acontece, por isso é necessário que as medidas também vão ao encontro desta proteção e desta segurança tão necessária”, alertou Mariana Silva, do PEV, no final da reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre situação epidemiológica da covid-19 em Portugal entre especialistas de saúde pública e políticos.
O PEV insistiu ainda no reforço dos cuidados de saúde primários, argumentando que se a saúde dos cidadãos estiver protegida e se for possível de alguma forma desenvolver anticorpos, “o vírus não se tornará tão agressivo”.
“É necessário este esforço de reforçar os cuidados de saúde primários, de ter também os centros de saúde abertos e disponíveis para a população e para que possamos estar saudáveis e enfrentar o vírus de outra forma”, acrescentou.
A deputada congratulou-se também com o regresso das reuniões no Infarmed entre especialistas e políticos, elogiando os portugueses por terem tomado medidas de isolamento e cuidado nas deslocações “mesmo antes de lhes ser imposto”, apelando a “mais um esforço”.
As reuniões sobre a evolução da pandemia da covid-19 em Portugal, que juntam políticos, especialistas e parceiros sociais, foram hoje retomadas, no Infarmed, em Lisboa.
A última destas reuniões realizou-se na Faculdade de Medicina da Universidade Porto, no dia 07 de setembro, após terem estado interrompidas cerca de dois meses.
Portugal contabiliza pelo menos 3.632 mortos associados à covid-19 em 236.015 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
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