Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se mais 761 casos de infeção, verificando-se ainda mais oito mortes na comparação entre os dois períodos.
Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório.
Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 465 pessoas, mais 45 do que no mesmo dia da semana anterior, com 32 doentes em unidades de cuidados intensivos, mais quatro.
De acordo com o boletim da DGS, a incidência a sete dias estava, na segunda-feira, nos 71 casos por 100 mil habitantes, tendo registado um aumento de 11% em relação à semana anterior, e o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus subiu para os 0,85.
Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou 2.658 casos entre 11 e 17 de outubro, mais 408 do que no período anterior, e 20 óbitos, mais quatro.
A região Centro contabilizou 1.045 casos (menos 22) e nove mortes (mais dois) e o Norte totalizou 1.862 casos de infeção (mais 45) e 14 mortes (mais seis).
No Alentejo foram registados 298 casos positivos (menos 44) e nenhum óbito e no Algarve verificaram-se 322 infeções pelo SARS-CoV-2 (menos 26) e uma morte (menos uma).
Quanto às regiões autónomas, os Açores tiveram 346 novos contágios nos últimos sete dias (mais 154) e duas mortes (mais uma), enquanto a Madeira registou 809 casos nesse período (mais 246) e nenhum óbito, de acordo com os dados da DGS.
Segundo o relatório, a faixa etária entre os 70 e os 79 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (1.403), seguindo-se a das pessoas entre os 60 e os 69 anos (1.319), enquanto as crianças até aos 9 anos foram o grupo com menos infeções nesta semana (188).
Dos internamentos totais, 182 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (125) e dos 60 aos 69 anos (65).
A DGS contabilizou ainda seis internamentos no grupo etário das crianças até aos 9 anos, seis dos 10 aos 19 anos, 10 dos 20 aos 29 anos, 10 dos 30 aos 39 anos, 15 dos 40 aos 49 anos e 29 dos 50 aos 59 anos.
O boletim refere também que, nestes sete dias, morreram 30 idosos com mais de 80 anos, sete pessoas entre os 70 e 79 anos, seis entre os 60 e 69 anos, duas entre 50 e 59 anos e uma entre os 40 e 49 anos.
Os dados indicam ainda que mais de 60% dos idosos com mais de 80 anos já receberam a vacinação sazonal contra a covid-19 e a gripe, valor que baixa no grupo entre os 65 e 79 anos para cerca de 30%.
Covid-19: Incidência de infeções e internamentos aumentam em Portugal
A incidência das infeções e os internamentos por covid-19 estão a aumentar em Portugal, mas com um impacto reduzido nos serviços de saúde e na mortalidade, indica o relatório semanal sobre a evolução da pandemia.
“O aumento do número de internamentos nos grupos etários acima dos 60 anos, e nos cuidados intensivos entre os 40 e os 59 anos, ainda que abaixo do limiar crítico definido, são a favor de uma tendência crescente da incidência nas últimas semanas”, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (INSA).
Segundo os dados hoje divulgados, registou-se uma crescente ocupação hospitalar por covid-19, com 465 internados na segunda-feira, o que representa um aumento de 11% em relação ao mesmo dia da semana anterior.
Quanto aos cuidados intensivos, os 32 doentes nessas unidades correspondiam a 12,5% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas nessas unidades, mas com uma tendência crescente.
De acordo com o relatório, na segunda-feira, a mortalidade específica por covid-19 estava nos 8,2 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, indicando uma estabilização deste indicador, que está abaixo do limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).
“Apesar deste aumento nos internamentos, mantém-se o reduzido impacto da covid-19 nos serviços de saúde e na mortalidade, traduzido numa mortalidade geral de acordo com o esperado para a época do ano”, sublinham a DGS e o INSA.
Essas duas entidades alertam que a interpretação dos indicadores agora divulgados “deve ter em conta a cessação do estado de alerta” em Portugal continental, que teve influência nas “medidas de prevenção e controlo implementadas e consequente impacto nos dados recolhidos para vigilância”.
Apesar de o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus apresentar valores inferiores ao limiar de 1, o documento admite que a transmissão do SARS-COV-2 “esteja a aumentar”, tendo em conta a subida deste indicador, que está agora nos 0,85.
“O decréscimo do Rt observado no início do mês foi resultado das alterações da resposta à covid-19 implementadas no início de outubro e não traduziram uma real diminuição do risco de transmissão”, recordam a DGS e o INSA.
A linhagem BA.5 da variante Ómicron continua a ser dominante em Portugal, mas o relatório alerta que se verifica um “aumento de circulação de sublinhagens com potencial impacto epidemiológico, em linha com o que se observa nos restantes países europeus”.
Após o “acentuado decréscimo no número de testes realizados no início do mês”, verificou-se na última semana um ligeiro aumento desses despistes do vírus, que passaram de 72.133 para 74.748.
“Nas próximas semanas, à medida que houver uma estabilização na recolha dos dados usados na vigilância, será possível estimar com maior precisão o valor de cada um dos indicadores”, conclui o documento, que continua a recomendar a vacinação de reforço e as medidas de proteção individual.
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