As declarações de Jean Castex foram feitas na cidade de Lille (norte da França), onde passou a ser obrigatório o uso de máscara em alguns “locais públicos abertos”, como acontece noutras zonas do país.
“O vírus não está de férias e nós também não”, sublinhou o primeiro-ministro, defendendo a necessidade de “proteção contra o vírus sem ser preciso interromper as atividades económicas e sociais”, ou seja, “evitando a perspetiva de reconfinamento generalizado”.
Em algumas regiões francesas, verifica-se “um aumento dos números da epidemia”, pelo que é necessário estar “mais atentos do que nunca”, insistiu Jean Castex.
O primeiro-ministro elogiou os 14.000 testes já realizados na cidade de Lille, que enfrenta um ressurgimento dos casos de covid-19.
“Peço a cada francês que permaneça muito vigilante, porque a luta contra o vírus depende, é claro, do Estado, das comunidades locais, das instituições, mas também de cada um de nós”, acrescentou Castex.
O discurso das autoridades francesas evoluiu ao longo das semanas (e da evolução do conhecimento científico), passando de afirmações sobre a inutilidade da obrigação de usar máscara até à sua imposição em todos os locais públicos fechados a partir de 20 de julho, e agora também em algumas zonas públicas, como estâncias balneares ao longo da costa atlântica, passeios pitorescos no rio Loire ou mercados dos Alpes.
As regras para o uso de máscaras ao ar livre entraram hoje em vigor e endurecem as regras adotadas no mês passado, que exigia o uso de máscaras em todas as lojas e locais públicos fechados.
A partir de hoje, 69 comunas da região de Mayenne, no oeste da França, impuseram o uso de máscara ao ar livre, assim como partes da cidade de Lille, no norte, e da cidade costeira de Biarritz, no país basco francês.
A França registou 7.000 novos casos de covid-19 na última semana, depois de ter conseguido controlar quase totalmente o vírus com o confinamento nacional de dois meses, contabilizando 30.265 mortes desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 685 mil mortos e infetou mais de 18 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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