A China deparou-se, nas últimas semanas, com novos surtos da covid-19 em várias províncias do norte do país, levando as autoridades a isolar cidades inteiras e realizar testes em massa.
O Governo chinês, determinado em prevenir mesmo em surtos de pequena escala, quer minimizar as viagens de longa distância durante o maior feriado do ano.
O Conselho de Estado encorajou as pessoas, mesmo em áreas de baixo risco, a celebrarem o Ano Novo Lunar, que começa em 12 de fevereiro, no local onde moram e trabalham, em vez de regressarem à respetiva terra natal.
O Ministério dos Transportes chinês estimou que os viajantes farão apenas cerca de 1,15 mil milhões de viagens este ano, em comparação com cerca de três mil milhões, em 2019.
As medidas para desencorajar deslocações incluíram presentes em dinheiro, acesso gratuito à Internet e entrada gratuita nas atrações turísticas locais.
Os empregadores também alertaram os trabalhadores que deixar a cidade seria mal visto pelas chefias.
Na quarta-feira, Pequim passou a exigir que até viajantes oriundos de regiões de baixo risco apresentem um teste negativo à covid-19 para entrar na cidade.
Para muitos dos cerca de 300 milhões de trabalhadores migrantes empregados nas prósperas cidades do litoral, está é a única altura do ano em que estão com a família.
Cidades ricas do sul da China, incluindo Suzhou e Ningbo, estão a oferecer aos trabalhadores migrantes pontos adicionais necessários para solicitar uma autorização de residência urbana.
De acordo com o sistema ‘hukou’, de passaportes internos da China, ter residência local concede acesso aos serviços públicos, incluindo educação, saúde e habitação.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.176.000 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 11.608 pessoas dos 685.383 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Comentários