A estrutura sindical alertou para o facto de que “cerca de 40% dos trabalhadores da construção são clandestinos”, realçando que “trabalham diariamente na reabilitação urbana em todo o país e viajam em carrinhas superlotadas, sem a utilização de máscaras e não respeitando o distanciamento que se impõe”.
O sindicato acredita que “se forem feitos testes aos trabalhadores a nível nacional”, os números de infetados por covid-19 terão “um aumento exponencial”.
Em junho, a organização alertou para as centenas ou mesmo milhares de casos de infeção pela Covid-19 por identificar no setor, voltando a solicitar ao Governo a realização de testes de despiste.
"Estamos certos que há centenas para não dizer milhares de trabalhadores a nível nacional infetados e para confirmarmos se o que dizemos corresponde à verdade faça-se os testes a todos os mais de 400 mil trabalhadores a nível nacional e aí ficaremos a saber da gravidade que existe no setor", apontou, em comunicado, o Sindicato da Construção de Portugal.
A estrutura afeta à CGTP lamentou, nessa altura, não ter sido ouvida pelo Governo sobre esta matéria, embora considere ser a organização do setor "que melhor pode trabalhar com o Ministério da Saúde" dada a sua atividade, convidando ainda a ministra da Saúde, Marta Temido, a visitar a maior obra, o plano eletroprodutor do Alto do Tâmega, e a verificar que as práticas de higiene e segurança estão a ser cumpridas.
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