Segundo a mesma fonte, entre os residentes da Casa do Artista há “21 casos ativos, onze dos quais estão na instituição, devidamente separados dos negativos, e 10 estão internados”. Além disso, há 21 casos ativos entre os funcionários, estando estes “a cumprir isolamento nas respetivas casas”.
De acordo com a mesma fonte, desde o início do surto, durante o mês de janeiro, já foram registados seis óbitos na Casa do Artista.
À agência Lusa, a ARS Lisboa e Vale do Tejo salientou que, “como é habitual, a autoridade de saúde local, em articulação com a direção da Casa do Artista, determinou as medidas de Saúde Pública adequadas à situação de acordo com as orientações da DGS [Direção-Geral da Saúde], como sejam, a avaliação e a ativação do plano de contingência, testagem, confinamento dos casos positivos e separação dos positivos e negativos”.
A Lusa tentou contactar a Casa do Artista, mas tal não foi possível.
Na quinta-feira ao final do dia, a direção da Associação de Apoio aos Artistas – Apoiarte, que gere a Casa do Artista, referiu, num comunicado partilhado na rede social Facebook, “com enorme tristeza e preocupação” e após “onze meses imunes à pandemia que assolou todo o mundo”, que, “infelizmente, testaram positivos alguns dos residentes e funcionários”.
Entre segunda-feira e hoje, morreram três residentes da Casa do Artista, que anunciou as mortes na rede social Facebook: na segunda-feira, a atriz Cecília Guimarães, de 93 anos, e, na quarta-feira, a atriz Adelaide João, de 99 anos, e a cantora Maria Andrea Gaspar, nascida em 1929.
A Casa do Artista confirmou na quarta-feira à Lusa que Adelaide João morreu de covid-19, mas disse que Cecília Guimarães morreu vítima de pneumonia. Não foi possível confirmar com a instituição a causa da morte de Maria Andrea Gaspar.
Em 31 de janeiro, a instituição tinha lamentado “profundamente” a morte de três “associados e residentes”: o ator António Cordeiro e os fadistas José Amaro e Noémia Cristina.
António Cordeiro, que sofria de paralisia supranuclear progressiva, tinha morrido no dia anterior. Fonte da Casa do Artista desmentiu à Lusa, na quarta-feira, que o ator alguma vez tivesse estado infetado com covid-19, sublinhando que as causas da morte se deveram a complicações relacionadas com a doença de que padecia.
Segundo o presidente da junta de freguesia de Carnide, zona da cidade onde se situa a Casa do Artista, aquela instituição tem 70 residentes e cerca de 30 funcionários.
Fábio Sousa disse à Lusa que o surto de covid-19 naquela instituição teve início em 20 de janeiro.
Neste momento, referiu, a junta de freguesia está a dar apoio à Casa do Artista com recursos humanos.
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