"Houve inúmeros ataques contra as forças da ordem”, indicou, num comentário na rede social Twitter, a polícia do estado regional da Saxónia enquanto os meios de comunicação social transmitiam imagens de projéteis lançados contra a polícia no fim da manifestação que juntou perto de 20.000 pessoas, segundo autoridades policiais.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no centro de Leipzig contra as restrições impostas pelo governo alemão para diminuir a propagação do novo coronavírus, depois do tribunal ter rejeitado a tentativa de alterar o protesto para outro local.
"É difícil explicar como é que apenas duas famílias se podem reunir, mas 16.000 pessoas têm permissão para se manifestar numa praça", disse o porta-voz da cidade Matthias Hasberg à agência de notícias DPA - Deutsche Presse-Agentur, após a decisão do tribunal de recurso.
Pelos cálculos da cidade, apenas 5.000 pessoas se puderam reunir na praça Augustusplatz, tendo de manter uma distância de 1,5 metros uns dos outros.
Nesse sentido, os organizadores tentaram que a manifestação fosse transferida para um local que pudesse levar mais gente, fora do centro, referiu a Associated Press.
Os manifestantes contavam com a participação de 16.000 pessoas.
O tribunal não divulgou as razões para a sua decisão.
Este protesto surge quando a Alemanha terminou a primeira semana da chamada 'luz de bloqueio', com novas restrições para tentar diminuir a propagação de casos do novo coronavírus.
O Instituto Robert Koch, centro de controlo de doenças do país, avançou este sábado que os estados alemães registaram 23.300 novos casos durante a noite, superando o recorde de 21.506 estabelecido no dia anterior, quando o país contabilizou, pela primeira vez, mais de 20.000 casos diários.
Uma paralisação parcial de quatro semanas entrou em vigor na segunda-feira, com o encerramento de bares, restaurantes, instalações de lazer e de desporto, com novas restrições de contacto impostas.
As lojas e as escolas permanecem abertas.
O Instituto Robert Koch refere que os efeitos serão calculados duas a três semanas após o início do encerramento.
Em Munique, um tribunal de apelações confirmou no sábado a proibição de manifestações da cidade do sul contra as restrições relativas à pandemia que estavam programadas para sábado e domingo.
O tribunal decidiu que as autoridades da cidade têm o direito de proibir as manifestações de acordo com os regulamentos de proteção contra infeções, informou a DPA.
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