Coe, ex-atleta olímpico que lidera o organismo que gere o atletismo mundial, entende que a realização dos Jogos entre 24 de julho e entre 09 de agosto “não é exequível, nem desejável”, perante a crise sanitária que se vive em todo o mundo.
Numa carta de duas páginas dirigida ao presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o líder do atletismo mundial transmite a preocupação dos atletas e reforça a necessidade de um adiamento dos Jogos Olímpicos.
No texto, divulgado pela CBS News, Sebastian Coe enumera três razões para o adiamento: a integridade da competição, porque as condições de treino são muito diferentes, a falta de um treino adequado é propícia a lesões e a angústia vivida pelos atletas.
“Creio que chegou o momento. Devemos isso aos nossos atletas, fazer uma pausa quando podemos. E neste assunto, penso que podemos”, sublinhou Sebastian Coe, reforçando a existência de uma ansiedade que é preciso “coletivamente, parar”.
O presidente da World Athletics disse ainda estar disponível para ajudar a encontrar uma nova data para os Jogos de Tóquio2020.
Esta tomada de posição sabe-se depois do Canadá e da Austrália terem anunciado publicamente que não iam enviar atletas para os Jogos de Tóquio2020 caso não seja adiado.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 14 mortes e 1.600 infeções confirmadas. O país está em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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