A transportadora ferroviária portuguesa tem atualmente alugadas 20 composições à Renfe, à qual paga sete milhões de euros por ano, ou cerca de 350 mil euros por comboio.
Segundo uma nota do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas português, o protocolo “contempla a extensão a mais unidades do contrato de aluguer de material circulante a diesel existente entre a Renfe e a CP”.
O acordo prevê também a “realização de testes técnicos com vista ao aluguer de unidades elétricas pela empresa portuguesa” à Renfe e a troca de experiências de manutenção de comboios entre as empresas de manutenção da CP (EMEF) e a empresa espanhola.
À assinatura do protocolo pelos presidentes da Renfe e da CP – Comboios de Portugal assistem o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Habitação espanhol, Pedro Saura, e o secretário de Estado das Infraestruturas português, Guilherme W. d’Oliveira Martins.
O acordo é formalizado na véspera de o presidente da CP, Carlos Gomes Nogueira, ser ouvido no parlamento sobre a “degradação do material e do serviço prestado”, numa audição pedida pelo PSD, segundo o site da Assembleia da República.
Na quinta-feira, é a vez de o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, estar na comissão permanente para debater a situação da ferrovia, que tem sido motivo de queixas.
O Governo tem dito que o aluguer de comboios pela CP visa suprir as necessidades enquanto se espera pelo concurso para a compra de comboios. O concurso ainda será lançado e poderá demorar três a quatro anos.
Em 20 de agosto, após uma visita às oficinas de Campolide, em Lisboa, o presidente da CP falou no eventual aluguer de seis a dez comboios.
Portugal apenas pode alugar comboios a Espanha, uma vez que ambos os países têm a mesma distância entre carris, a chamada bitola ibérica.
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