“A greve abrange o dia 24 de julho, mas o impacto na circulação poderá estender-se para além desse período, sendo expectável ocorrerem, já a partir de hoje, com especial incidência no final do dia, e ainda durante a manhã de 25 de julho, supressões de comboios”, informou a transportadora ferroviária, em comunicado enviado à comunicação social.
Antes, numa nota aos utentes, a CP já tinha avisado que “por motivo de greve convocada por organização sindical preveem-se supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços no dia 24 de julho”, avisou a CP.
A transportadora ferroviária prevê ainda que ocorram perturbações na circulação no sábado, dia 25.
Aos clientes que já tenham bilhetes para viajar em comboios que sejam suprimidos, a CP permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.
A CP recomenda que os clientes procurem informação atualizada no seu ‘site’, na proximidade da viagem, uma vez que foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social.
Em 10 de julho, o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) anunciou que os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumprem em 24 de julho uma greve nacional de 24 horas exigindo a retirada da proposta de regulamento de carreiras apresentada pela empresa, que consideram “humilhante”.
“A proposta de regulamento de carreiras que a empresa apresentou na quinta-feira da semana passada [dia 02 de julho] é humilhante para os trabalhadores do comercial e é inaceitável. Nesse sentido, os trabalhadores querem que a empresa retire esta proposta da mesa negocial”, afirmou o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) em declarações à agência Lusa, naquela altura.
Segundo o dirigente sindical Luís Bravo, os trabalhadores “não aceitam” a pretendida “extinção, por fusão, das categorias de revisor e de operador de venda e controlo da bilheteira”, considerando que se “mistura o conteúdo funcional das categorias, quando um trabalhador itinerante não tem nada a ver com um trabalhador fixo de uma bilheteira ou vice-versa”.
“O que nos apresentam é uma polivalência total que não se compreende e que os trabalhadores rejeitam por completo”, sustentou.
Também “inaceitável” para o sindicato é “a extinção de carreiras para onde os trabalhadores podiam progredir, como técnico comercial 1 e 2″.
“Estas e ainda outras questões tornam a proposta da CP inaceitável e os trabalhadores ficaram muito surpreendidos, pela negativa, por aquilo que a empresa vem propor”, afirmou o dirigente sindical.
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