Em causa está uma notícia avançada pelo Jornal Económico, com base numa outra do La Voz de Galicia, que refere que o conjunto de comboios usados adquiridos pela CP à espanhola Renfe “envolvem um risco acrescido devido ao facto de entre os seus materiais se contar o amianto”, tendo sido essa a razão que levou a Renfe a abandonar a operação daquelas composições, entre a Galiza e o País Basco.
Em resposta à agência Lusa, a CP explica que a existência de amianto em algumas das carruagens foi assumida pela CP desde a compra do material à Renfe.
“De facto, 36 das carruagens compradas tinham amianto e estava desde logo previsto no plano de recuperação a sua descontaminação”, sublinha a empresa.
Neste momento, segundo a CP, já foram descontaminadas e certificadas 12 daquelas carruagens, duas estão em fase de descontaminação e “as 36 ficarão limpas até à primeira semana de dezembro”.
A descontaminação das carruagens em causa está a ser feita por uma empresa certificada para este tipo de trabalhos, com o aval da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), numa área separada da Oficina de Reparação de Material Circulante, assegura a CP.
No final da cada descontaminação é emitido, para cada carruagem, um relatório de medição da concentração de fibras em suspensão no ar por um Laboratório Especializado no controle de Fibras e um certificado livre de amianto por carruagem pela empresa responsável pela descontaminação, acrescenta.
No dia 06 de julho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou, durante uma visita ao Parque Oficinal de Guifões, concelho de Matosinhos, que as primeiras carruagens do pacote de 51 compradas pela Comboios de Portugal (CP) à espanhola Renfe por 1,65 milhões de euros destinam-se à Linha do Minho e vão estar a funcionar entre dezembro e janeiro.
“A aquisição de material circulante disponível em Espanha faz parte de um esforço de curto prazo para fazer face às necessidades dos portugueses. A CP com 1,65 milhões de euros comprou 51 carruagens [usadas] que novas custariam [cada uma] mais de um milhão de euros”, destacou o governante.
Segundo Pedro Nuno Santos, o investimento total, contando com a requalificação, poderá rondar os sete a oito milhões de euros e as carruagens vão estar ao serviço das linhas de intercidades e regionais, podendo circular a 200 quilómetros por hora.
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