“Setembro foi o melhor mês de sempre em termos de vendas de veículos elétricos. Na verdade, vendemos em setembro tantos veículos elétricos como em todo o ano de 2019”, revelou o presidente executivo, Mike Hawes, numa conferência de imprensa.

O responsável disse que este desempenho é uma consequência das filas registadas junto a postos de combustíveis em setembro, quando muitas bombas de gasolina foram obrigadas a fechar devido à escassez de condutores de camiões-tanque.

“Os concessionários disseram que o interesse sobre veículos elétricos aumentou três, quatro ou cinco vezes nas últimas semanas e isso percebe-se tendo em conta as filas” criadas por automobilistas junto aos postos de combustíveis, acrescentou.

Hawes reiterou a necessidade de investimentos significativos em infraestrutura pública, principalmente para quem não tem estacionamento particular com ponto de carregamento dedicado.

“Precisamos de ajudar todos os consumidores a fazer essa transição”, argumentou.

O presidente da SMMT admitiu que os países mais desenvolvidos como o Reino Unido terão de avançar mais rapidamente para a eletrificação do transporte e fim dos motores de combustão tendo em conta as metas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

“Estamos cientes do facto que os mercados avançam a ritmos diferentes, mas a indústria mundial comprometeu-se a aumentar a ‘descarbonização’ entre o final dos anos 2030 e 2040”, disse.

Mike Hawes falava antes da abertura da Conferência sobre o Comércio Automóvel, onde foi publicado um relatório sobre o desempenho e o futuro do setor, fortemente afetado pelo ‘Brexit’, pandemia covid-19, falta de semicondutores e de mão de obra.

Em 2020, as receitas caíram 26% para 74 mil milhões de libras (87 mil milhões de euros), das quais 27 mil milhões de libras (32 mil milhões de euros) geradas por exportações.

Mais de 80% dos automóveis construídos no Reino Unido são destinados à exportação, representando cerca de 11% de todos os bens manufaturados exportados pelo país.

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