Cristiano Ronaldo reconheceu a culpa em quatro crimes de fraude fiscal num tribunal de Madrid, cometidos entre 2011 e 2014, tendo a sentença hoje divulgada revelado que o jogador, transferido no verão de 2018 do Real Madrid para a Juventus, foi condenado a uma pena de prisão de dois anos, substituída por multa de 365.000 euros.
O avançado internacional português não terá de cumprir a pena, porque a Justiça espanhola não torna efetivas penas de prisão inferiores a 24 meses quando os acusados não têm antecedentes criminais.
O acordo permite fechar o processo judicial aberto contra Cristiano Ronaldo por ter fugido ao pagamento de impostos de rendimentos recebidos sobre os direitos de imagem em Espanha, quando jogava no Real Madrid.
Ronaldo estava acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas para defraudar a Autoridade Tributária espanhola, tendo cometido quatro delitos, entre 2011 e 2014.
De acordo com o tribunal, Ronaldo deixou por liquidar as verbas de 1,1 milhões de euros (ME) em 2011, 1,3 ME em 2012, 2,6 ME em 2013 e 0,5 ME em 2014, num total de cerca de 5,5 ME, que acabaram nos 18,8 ME que teve de pagar devido a juros ao longo do processo, tendo sido ainda condenado a uma pena de prisão de dois anos e a uma multa de cerca de 3,1 ME.
O fisco espanhol reteve, cautelarmente, ao jogador 16,7 ME em 2017 e Cristiano Ronaldo já tinha efetuado voluntariamente um pagamento de 5,6 ME em 2018, aos quais juntou outro de um milhão de euros em juros, satisfazendo, segundo aquele tribunal, "integralmente, as quantidades devidas" no processo.
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