No requerimento endereçado à comissão parlamentar de cultura e comunicação, Cristina Rodrigues (ex-PAN) propõe também chamar à Assembleia da República a Associação Portuguesa de Museologia e o Conselho Internacional de Museus.
Em causa está a nomeação da ex-deputada comunista Rita Rato para diretora do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, em Lisboa.
Quando anunciou a escolha, na quarta-feira, a EGEAC recordou que, na sequência da reforma do diretor do Museu do Aljube, Luís Farinha, foi aberto, em abril, um processo de recrutamento para selecionar nova direção.
Este processo contou com diversas candidaturas e resultou na seleção de Rita Rato Fonseca, "que se destacou pelo projeto apresentado e pelo desempenho nas entrevistas realizadas com o júri", indica a EGEAC.
Rita Rato iniciará funções como diretora do Museu do Aljube Resistência e Liberdade no próximo dia 01 de agosto.
No requerimento, Cristina Rodrigues refere que a “escolha de Rita Rato para dirigir o Museu do Aljube Resistência e Liberdade está a provocar a forte contestação da comunidade académica, existindo vários investigadores e historiadores a questionar os critérios para a sua escolha e a invocar que o seu perfil não corresponde ao que tinha sido pedido quando o concurso foi lançado”.
“Rita Rato é licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa, não sendo esta uma das áreas mencionadas pela EGEAC ao estabelecer o perfil desejado para o cargo”, acrescenta a deputada, salientando que “devem ser prestados esclarecimentos sobre os critérios para a sua escolha”.
Nascida em Estremoz, em 1983, Rita Rato Fonseca é licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa.
Foi deputada pelo PCP à Assembleia da República, entre 2009 e 2019, e fez parte, como coordenadora do Grupo Parlamentar, na Comissão de Educação, Ciência e Cultura (2011-2015).
O Museu do Aljube, inaugurado em abril de 2015, na antiga prisão da PIDE, é um dos equipamentos culturais do município de Lisboa, sob a alçada da EGEAC, e é dedicado à "memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia".
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