"Com estas mudanças protegemos os direitos, a segurança e a dignidade das mulheres e enviamos a mensagem de que a violência contra as mulheres é inaceitável", declarou o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, no final de fevereiro, ao apresentar o projeto de lei.

O texto aprovado estipula que as penas podem variar entre 10 e 40 anos de prisão, a pena mais grave prevista na lei croata.

As alterações ao Código Penal foram aprovadas por 77 votos a favor e 60 contra, informou a agência oficial Hina.

Se é vítima de violência doméstica ou conhece alguém que seja, as seguintes linhas de apoio podem ajudar

APAV | Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

tel. 116 006 (telefonema gratuito, das 08h00 às 2h00)

Guarda Nacional Republicana (GNR)

A Plataforma SMS Segurança foi desenvolvida para dar resposta quer a pessoas surdas ou portadoras de deficiência auditiva como para situações de urgência em que o tradicional canal de voz não seja o mais adequado:  tel. 961 010 200

Centro de Saúde ou Hospital da zona de Residência (Portal da Saúde)

SNS 24 (808 24 24 24), disponível todos os dias, 24 horas por dia

Número Nacional de Socorro (112)

Linha Nacional de Emergência Social (tel. 144, disponível todos os dias, 24 horas por dia)

Linha da Segurança Social (tel. 300 502 502)

Segundo ONGs locais, a Croácia é o terceiro país da UE com a maior taxa de femicídio, tendo em conta a sua população.

Em 2022, 2.300 mulheres foram assassinadas nos países da UE pelos seus cônjuges ou familiares, segundo dados oficiais.

Na Croácia, que tem 3,8 milhões de habitantes, 13 mulheres foram assassinadas em 2022, doze delas vítimas de alguém próximo, e em 2023 houve nove casos.

O governo decidiu aprovar esta lei após a morte, em setembro de 2023, de Mihaela Berak, uma estudante de direito de 20 anos que foi assassinada por um polícia com quem teve um breve relacionamento.

O assassinato gerou protestos em todo o país para exigir justiça e a classificação do femicídio no Código Penal.