Foi esta manhã, enquanto se discutia a proposta de lei das taxas associadas à prestação de serviços postais, que o Ministro João Galamba anunciou o fim da venda de raspadinhas nos postos CTT, depois de o Livre ter apelado à sua proibição.
No momento de uma discussão em torno dos serviços prestados pelos CTT, e da necessidade de reverter a privatização, com os partidos de Esquerda - BE, PCP e Livre - o Ministro fez o anúncio e elogiou a nova gestão dos correios.
"A gestão dos CTT mudou, ao contrário da gestão anterior, decidiu reverter a política de encerramento de agências pelo país." Deixando claro que assim, a nova política ia ao encontro das exigências daqueles partidos. "A rede de agências está presente em todos os municípios", continuou até fazer o anúncio que respondia às preocupações do deputado Rui Tavares (Livre): "Os CTT vão deixar de vender raspadinhas. A atual administração dos CTT vai deixar de usar a rede dos CTT para vender raspadinhas, e vai-se dedicar aos serviços de proximidade."
Médicos e psicólogos haviam alertado nos últimos anos para o problema crescente do vício de raspadinhas em Portugal.
Quanto à privatização o Ministro criticou os deputados, dizendo que “importa não cair no erro do PCP e do BE, a decisão de privatizar não foi a melhor decisão. Temos muitas dúvidas que a decisão de reverter a privatização hoje seja a melhor decisão." Acusando-os, de seguida, de cegueira ideológica, "têm uma fixação tal nas questões da privatização versus nacionalização que se esquecem do essencial que é o serviço prestado e as medidas necessárias para o prestar."
João Galamba diz que é o momento de “em vez de nos fixarmos em opções ideológicas, fixarmo-nos nos serviços prestados à população, na capilaridade da rede e numa mudança de gestão e de filosofia dos CTT. Na resolução concreta do problema das populações."
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