“Estou otimista de que poderemos ver uma cura nos próximos cinco a dez anos porque estaremos mais avançados nessa frente devido à combinação de antirretrovirais e anticorpos”, afirmou Salim Abdool Karim.

“Vamos ter esperança porque existem [no mundo] 40 milhões de pessoas infetadas com o vírus (…), imagine que podemos curar essas pessoas”, frisou.

O académico sul-africano, que participava num debate sobre a problemática do VIH-Sida (Vírus da Imunodeficiência Humana-Síndrome da imunodeficiência adquirida) na televisão pública SABC, indicou que “existem esforços utilizando anticorpos com antirretrovirais”, razão pela qual está “um pouco mais otimista de que uma cura possa estar disponível”.

Sobre uma possível vacina, Karim sublinhou que “existem muitas novas abordagens interessantes”, mas julga que “ainda há um longo caminho até vermos uma vacina”.

Pelo menos 7,8 milhões de pessoas vivem com o VIH-Sida na África do Sul, que dispõe de um dos maiores programas de tratamento antirretroviral do mundo, segundo as autoridades sul-africanas.

Em 2023, a África do Sul registou 1.3 milhões de novos casos de infeção, indicou o médico Salim Abdool Karim, sublinhando que o número de infeções a nível global “é invulgarmente elevado e inaceitavelmente elevado também”, nomeadamente entre jovens mulheres e rapazes, adiantou.