“Eu tomei [a vacina], e quero partilhá-lo. Mais pessoas deviam ter a coragem de tomar esta injeção”, disse o Dalai Lama, com 85 anos, num vídeo divulgado no seu site oficial.
o líder tibetano, que vive no exílio há 60 anos em Dharamsala, no Norte da Índia, defendeu a importância da vacinação para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19.
“Para prevenir problemas sérios, esta injeção é muito, muito útil”, afirmou, na gravação. “Deviam tomá-la, é para um bem maior”, reiterou, sublinhando que a vacinação contra o novo coronavírus “é muito importante”.
O também Prémio Nobel da Paz, que recebeu em 1989, continua a ser reconhecido internacionalmente como o rosto da independência do Tibete, província chinesa desde 1951.
A Índia começou uma gigantesca campanha de vacinação em 16 de janeiro, tendo até agora vacinado mais de 19,4 milhões de pessoas (19.497.704), de acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde indiano.
O objetivo do Governo indiano é vacinar cerca de 300 milhões de pessoas até julho, num país com 1,3 mil milhões de habitantes, mas o plano sofreu alguns atrasos, de acordo com a imprensa local.
O país reduziu drasticamente a progressão da doença nos últimos meses, depois de atingir o valor mais alto de infeções em meados de setembro de 2020, com 97.894 contágios num só dia.
Apesar disso, nos últimos dias a Índia sofreu um aumento de infeções, sobretudo no estado de Maharashtra (oeste), responsável por mais de metade dos contágios no país, com cerca de dez mil casos só nas últimas 24 horas.
Em todo o país, registaram-se 108 mortes por covid-19 e 18.327 casos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde indiano.
Desde o início da pandemia, a Índia contabilizou mais de 11 milhões de casos de covid-19 (11.192.088), mantendo-se como o segundo país com mais infeções, atrás dos Estados Unidos, que no último balanço contavam com 28,8 milhões.
Com um total de 157.656 mortes, a Índia é o quarto país do mundo com mais óbitos, a seguir aos Estados Unidos, Brasil e México, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins (EUA).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.570.291 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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