“Ouçam-me atentamente. Se (Trump) vencer (...) estas eleições, vejam o que acontecerá. É perigoso. É um perigo para a segurança dos Estados Unidos” - disse à emissora CBS News o presidente de 81 anos, que desistiu da candidatura à reeleição e passou o testemunho para a vice-presidente, Kamala Harris.

“Estamos num ponto de inflexão na história mundial... E a democracia é a chave”, realçou Biden, que mantém um perfil discreto após a saída da corrida eleitoral, depois do seu desempenho desastroso no primeiro debate televisivo contra Trump, em junho, gerou temores sobre a idade e acuidade mental, o que provocou pedidos dos democratas para que se afastasse.

Na curta entrevista à TV, gravada na Casa Branca na semana passada, Biden apareceu com semblante frágil, mas coerente, admitindo novamente que fracassou no debate, embora tenha enfatizado que em termos de saúde não sofre de “nenhum problema sério”.

Ao explicar a desistência, disse que outros políticos do Partido Democrata temiam que as suas hipóteses se complicassem e acrescentou que a sua única prioridade era evitar que Trump voltasse ao poder.

Três semanas após este debate, Biden anunciou, a 21 de julho, que não disputaria as eleições de 5 de novembro e que Kamala Harris ficaria no seu lugar.

“Uma questão crítica para mim continua a ser - e não é brincadeira - manter esta democracia” - sentenciou Biden.