Entre 2019 e 2022 o número anual de denúncias veio aumentando, chegando a 2.924 no ano passado. No primeiro trimestre deste ano foram registadas 651 denúncias.
Segundo o balanço, entre as 10.250 denúncias as mais comuns relacionam-se com cães a ladrar em varandas, pátios e outros locais idênticos sujos e com mau cheiro, animais presos sem água e/ou comida, passeio de cães sem trela, agressividade dos animais e animais agredidos de forma violenta como forma de educar.
Desde 2019 (excetuando 2020/2021, devido à pandemia da COVID-19) os números indicam uma “acentuada descida nos crimes de maus tratos e abandono de animais de companhia”, diz a polícia, acrescentando que ainda assim os dados “estão muito longe daquele que é o objetivo da PSP e do Programa Defesa Animal”.
Os números sobre o bem-estar animal foram divulgados a propósito do 8.º aniversário do Programa Defesa Animal, que se assinala no sábado.
O programa foi criado em 2015, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. Os polícias envolvidos dedicam especial atenção à temática da proteção animal, principalmente ao abandono e maus-tratos dos animais.
A PSP explica que a sinalização dos casos de abandono e/ou maus tratos é realizadas não só pelas várias Brigadas de Proteção Ambiental (BRIPA) adstritas aos vários Comandos Metropolitanos, Distritais e Regionais, mas também através dos polícias na sua atividade operacional quando se deparam com situações similares.
A sinalização de animais abandonados não cabe em exclusivo à PSP. Através da “Linha Defesa Animal” há muitos cidadãos a fazer denúncias.
No comunicado de balanço, a PSP apela para que os cidadãos respeitem os direitos dos animais e que denunciem situações que configurem maus-tratos e/ou abandono. As denúncias podem ser feitas nas esquadras, através do e-mail do Programa de Defesa Animal, defesanimal@psp.pt, ou através da Linha de Defesa Animal, 217 654 242.
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