Antes do içar da bandeira, Jill Biden comentou a importância da preservação do património cultural e do fortalecimento da educação e da ciência em todo o mundo, dizendo que esta foi uma promessa do seu marido e Presidente dos EUA, Joe Biden, que fez questão de reincorporar os EUA na UNESCO.

“Estamos muito orgulhosos de voltar a ingressar na UNESCO”, disse Jill Biden.

Os EUA anunciaram a intenção de regressar à UNESCO em junho, e os 193 estados-membros da organização aprovaram a sua reentrada no início deste mês.

Na sua intervenção, Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, disse que a bandeira dos EUA “está de volta ao lugar a que pertence” e salientou a importância desse regresso como prova da união que se vive dentro da organização.

Azoulay sublinhou a importância da UNESCO para o multilateralismo, assegurando que a reintegração dos EUA fortalecerá o papel da agência em todo o mundo.

A saída dos EUA da UNESCO em 2018 foi na altura justificada por um alegado enviesamento anti-israelita da organização que, em 2011, aprovou a entrada da Palestina como Estado-membro, levando o Governo norte-americano, então liderado por Donald Trump, a cessar o seu financiamento, desde 2017.

Na preparação para o regresso, o Governo do Presidente Biden decidiu pagar cerca de 150 milhões de euros para liquidar dívidas em atraso, com novas prestações previstas até que o valor total de cerca de 600 milhões de euros seja saldado.

Antes da sua saída da organização, os EUA eram o maior financiador individual da UNESCO, contribuindo com 22% do financiamento total da agência.

Esta é a segunda vez que os EUA regressam à UNESCO após um período de ausência, depois de o Governo do Republicano Ronald Reagan ter decidido abandonar a organização em 1984, para um regresso em 2003, sob a presidência de George W. Bush.