“O financiamento é assegurado através da contratualização com a ANA e a Vinci e isto é assegurado com o Ministério do Planeamento e Infraestruturas. Em termos de custos, não temos contas finais, mas será na ordem dos 200 milhões de euros”, explicou João Gomes Cravinho.
O governante falava aos jornalistas no final da sua primeira visita à Força Aérea Portuguesa, que começou no Comando Aéreo e terminou na base aérea n.º 6, Montijo, onde o Governo prevê construir um aeroporto complementar ao de Lisboa.
O ministro adiantou que “ainda ontem” [quinta-feira] teve uma reunião com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, “para tratar destas matérias”, havendo “um conjunto de questões que estão ainda em aberto mas que, daqui a uns meses, ficarão definidos e fechados para possibilitar que esta base sirva de aeroporto complementar”.
João Gomes Cravinho afirmou que ainda não há data prevista para o início da deslocalização das aeronaves, sublinhando que o plano da FAP “é rigoroso” e serão acauteladas as necessidades operacionais, não pondo em causa as missões.
O início da deslocalização “vai depender naturalmente da disponibilização de verbas e isso por sua vez vai depender de se fecharem todos os pormenores da contratualização”, processo na responsabilidade do Ministério do Planeamento, frisou.
“Os hangares que viram no Montijo terão de ser construídos em outras bases para acomodar as necessidades. Um trabalho que requer algum tempo, vão ser necessários pelo menos dois, três anos para concretizar toda essa deslocalização”, disse.
A operação militar e civil na base da FAP é compatível, defendeu o ministro, referindo que as futuras aeronaves da FAP, KC-390, irão operar a partir do Montijo. Parte do AT1, aeródromo militar em Figo Maduro, na Portela, será transferido também para o Montijo.
Os aviões C-295 e os C-130 serão deslocalizados para outras bases, Sintra e Beja.
Durante a visita à base, o ministro elogiou o trabalho da Força Aérea nas missões de interesse público, especialmente na busca e salvamento, destacando que o ano passado foram realizadas mais de 590 evacuações médicas.
“Houve cerca de 61 casos de órgãos transportados, significa 61 portugueses que hoje vivem por causa da Força Aérea”, reforçou o ministro, lembrando que em 2016 a FAP foi reconhecida como “a melhor do mundo em termos de busca e salvamento”.
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