
Os migrantes, a maioria argelinos ou da África Subsaariana, foram "atendidos" na Catalunha, perto da fronteira, e levados para Perpignan, ou ainda mais longe, para a França ou Alemanha, explicou Nicolas Bessone, o procurador de justiça de Marselha.
Cada viagem custa entre 150 e 300 euros, taxas que não representam os "valores verdadeiros" devido à "forte competição entre as redes de contrabando", acrescentou o promotor francês.
Os investigadores estimam que 1.700 migrantes cruzaram a fronteira nos últimos dois anos em pelo menos 570 travessias de carro.
Quase 70 agentes foram mobilizados no domingo para ambos os lados da fronteira. Há 15 homens a ser processados neste caso, com células em Espanha, Perpignan e Marselha.
Cinco pessoas de nacionalidades argelina e marroquina foram presas em Espanha e serão transferidas para França dentro de 10 dias. Outras quatro foram presas em Perpignan e seis em Marselha.
A célula de Marselha também criou uma "rede clandestina de transporte de migrantes" por mar. As autoridades apreenderam uma embarcação de 8,5 metros de comprimento destinada a transportar migrantes de Mostaganem e da Argélia para Múrcia, na costa espanhola.
"Esse tipo de desmantelamento de uma rede tão organizada é bastante raro, porque aqui toda a estrutura foi realmente desmantelada, incluindo todos os intermediários", enfatizou a comissária Laurène Capelle, chefe do serviço de departamento da polícia de fronteira.
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