
As mulheres com tecido mamário denso têm um risco elevado de desenvolver cancro de mama, mas as mamografias muitas vezes não detetam tumores escondidos nesse tipo de tecido. O diagnóstico, nestes casos, torna-se um dilema e as seguradoras frequentemente resistem a cobrir exames adicionais que poderiam ajudar a identificar essas massas.
Um novo estudo publicado na revista The Lancet comparou diferentes tipos de exames e concluiu que a mamografia com contraste à base de iodo consegue detetar três vezes mais cancros invasivos em tecido mamário denso do que a ecografia, citado pelo New York Times.
Os tumores costumam aparecer como manchas brancas nas mamografias, mas o tecido mamário denso também surge como branco, o que pode ocultar os tumores, sendo, por isso, necessário encontrar uma alternativa mais rigorosa.
A mamografia com contraste é capaz de identificar tumores significativamente mais pequenos do que os detetados pela mamografia convencional, a acrescentar à maior facilidade em isolar as manchas na imagem. O estudo revelou também que as ressonâncias magnéticas (RM), apesar de serem bastante mais caras, são mais eficazes na deteção de tumores do que as mamografias 'padrão'.
Os exames analisados foram realizados em mulheres com tecido mamário denso que já tinham feito mamografias sem que tivessem sido identificadas anomalias. Ter tecido mamário denso refere-se à composição do tecido da mama, e não ao seu volume. Uma mama é considerada densa quando tem mais glândulas e tecido fibroso do que gordura.
“A mamografia com contraste deve tornar-se o padrão de cuidados para mulheres com mamas densas”, especialmente se apresentarem um risco elevado de desenvolver cancro da mama, afirmou a Dra. Fiona J. Gilbert, professora de radiologia na Faculdade de Medicina Clínica da Universidade de Cambridge ao NYT.
Os exames de prevenção continuam a ser uma das formas mais recomendadas elos especialistas para o controlo do cancro da mama.
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