“Trump não terá a Gronelândia. A Gronelândia é a Gronelândia, e o povo groenlandês é um povo no sentido do direito internacional, protegido pelo direito internacional”, disse Lokke Rasmussen, em declarações aos jornalistas.
“É também por isso que temos dito repetidamente que, em última análise, é a Gronelândia que decide a situação na Gronelândia”, assegurou o chefe da diplomacia dinamarquesa.
A partir de Paris, onde está numa visita oficial, a primeira-ministra da Dinamarca, Mete Frederiksen, disse ter recebido “um apoio muito forte” dos seus homólogos europeus, perante as ambições de Trump sobre a Gronelândia.
“A mensagem é muito, muito clara. Devemos respeitar absolutamente o território e a soberania dos Estados, é um elemento essencial da comunidade internacional, desta comunidade internacional que construímos juntos desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou Frederiksen, em Paris, após um encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Já antes, em Berlim, a chefe do Governo dinamarquês recebeu o apoio do chanceler alemão, Olaf Scholz, que disse que “as fronteiras não devem ser movidas à força”, acrescentando em inglês “a quem possa interessar”.
A preocupação tem vindo a crescer na Dinamarca após os repetidos comentários de Donald Trump sobre a ambição de controlar a Gronelândia, em que o Presidente norte-americano garantiu que os Estados Unidos acabarão por conseguir o território autónomo dinamarquês.
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