Em comunicado, o serviço responsável pela diplomacia europeia indica que o diretor-geral do SEAE para a Europa Oriental, Rússia, Ásia Central, Cooperação Regional e OSCE, Michael Siebert, manifestou a Kirill Logvinov “indignação” com a morte de Navalny, “cuja responsabilidade última cabe ao Presidente Putin e às autoridades russas”.

A UE apelou à Rússia para que autorize uma “investigação internacional independente e transparente” sobre as circunstâncias da morte súbita de Alexei Navalny, exortando Moscovo a entregar o corpo do líder da oposição russa à sua família “sem mais demoras” e a permitir que a família organize um funeral.

Durante a convocação do diplomata russo, acrescenta a nota da diplomacia europeia, Michael Siebert reiterou que Moscovo deve libertar “imediata e incondicionalmente” todos os outros presos políticos, bem como as mais de 400 pessoas detidas em cidades de toda a Rússia, durante ações de homenagem a Alexei Navalny.

Alexei Navalny, um dos principais opositores do Presidente russo, morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.

Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam Vladimir Putin pela sua morte.

As autoridades russas transmitiram aos próximos de Navalny que será realizada uma “perícia química” ao seu corpo durante pelo menos 14 dias, antes de o entregar à família.