“A necessidade de mudança, combinada com a rápida digitalização da nossa indústria, colocou a arquitetura no limiar de uma grande revolução e acreditamos que os diversos tipos de práticas escolhidas como parte da nossa geração de ArchDaily Novos Escritórios 2021 são catalistas desta mudança”, pode ler-se no texto sobre o 2021 ‘Best New Practices’, que a plataforma traduz, em português, para Novos Escritórios.
O ateliê Summary, sediado no Porto, cujos membros são Samuel Gonçalves, Adina Staicu, João Meira e Brecht Vanbockrijck, foi incluído na lista devido ao “equilíbrio entre o pragmatismo e o experimentalismo”, indica a ArchDaily sobre esta equipa que desenvolve projetos e sistemas construtivos com a otimização do tempo e recursos físicos como foco central.
Estúdio de arquitetura fundado no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, o Summary tem vindo a desenvolver um trabalho direcionado para soluções arquitetónicas e sistemas construtivos através da tecnologia de pré-fabricação.
Este ateliê português, que participou em 2016 na Bienal de Arquitetura de Veneza, foi galardoado em 2017 com um prémio Red Dot e em 2018 o Prémio 40 under 40 European Design.
Outro ateliê selecionado para a lista, o llLab, sediado em Xangai, que reúne criadores de Portugal, China e Alemanha, tem como fundadores Luís Ricardo, David Correa, Taichi Kuma e Hanxiao Liu, trabalhando também com especialistas de outras nacionalidades.
Este ateliê atua nas áreas de arquitetura, design, arte, urbanismo, pesquisa e desenvolvimento, e o seu trabalho “centra-se na utilização do design como ferramenta para melhorar a vida social e cultural através de várias escalas, desde projetos urbanos a microarquitetura ou instalações”.
“Os princípios são orientados por uma abordagem experimental e lúdica que leva a projetos de design conceitualmente rigorosos e bem executados”, salientou o júri, sobre a justificação da escolha, referindo-se a criações “que provocam e inspiram”.
Na lista de duas dezenas de novos ateliês de arquitetura, na escolha plataforma, está também o Mmessina | Rivas, do Brasil, cuja equipa é composta por Francisco Rivas e Rodrigo Messina.
A lista de selecionados incluiu ainda os ateliês A for architecture (Índia), Albor Arquitectos (Cuba), Atelier Lai (China), Baupal (Alemanha), Ben-Avid (Argentina), Canoa (Estados Unidos), Equipo de Arquitetura (Paraguai), ESEColectivo Arquitetos (Ecuador), HANNAH Office (Estados Unidos), ICON (Estados Unidos), Matri-Archi(tecture) (África do Sul/Suiça), PALMA (México), Sher Maker (Tailândia), Stpmj (Coreia do Sul, Estados Unidos), Studio NYALI (Reino Unido), e Urban Radicals (Reino Unido).
A plataforma sublinha que “as questões do ambiente construído já não são apenas interesse de quem constrói e desenha, tornaram-se transversais a toda a sociedade, desde os cidadãos que questionam a qualidade dos espaços públicos, aos pequenos empreendedores que criam as suas próprias casas na floresta”.
O júri foi composto por editores da Archdaily de diversos países e curadores, nomeadamente Hana Abdel, Mónica Arellano, Romullo Baratto, David Basulto, Agustina Coulleri, Fabián Dejtiar, Christele Harrouk, Eduardo Leite Souza, Susanna Moreira, Clara Ott, Paula Pintos, Danae Santibañez, Han Shuangyu, Dima Stouhi, e Nicolás Valencia.
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