A notícia é avançada pelo canal britânico Sky News, que sublinha que o antigo presidente norte-americano Donald Trump se terá entregado na Fulton County jail, do estado norte-americano da Geórgia, por volta das 19h34 na hora local (00h34 em Lisboa).

Depois de ser formalmente detido, o antigo presidente irá tirar uma fotografia (o chamado 'mugshot', o clássico retrato das prisões da cintura para cima), as suas impressões digitais serão recolhidas, e será feito um registo da sua altura e peso. A seguir, será libertado sob uma série de condições, incluindo o pagamento de uma fiança de 200 mil dólares (185 mil euros).

Esta prisão do condado de Fulton é conhecida na Geórgia como uma das piores, sendo atualmente investigada pelo Departamento de Justiça pelas condições de vida proporcionadas, cuidados médicos prestados e uso excessivo de força.

Neste vídeo divulgado pelo canal norte-americano CBS News publicado na rede social X (antigo Twitter), é possível ver a chegada do antigo presidente à prisão onde foi detido:

Recorde-se que Trump é acusado de tentar provocar uma fraude nos resultados das eleições presidenciais de 2020 no Estado da Geórgia, na sequência de investigações, lideradas pela procuradora Fani Willis, que decorreram durante mais de dois anos.

O ex-presidente enfrenta 13 acusações, entre as quais a violação de uma lei de anticorrupção, que, a ser confirmada, pode implicar uma pena de prisão.

Entre os acusados estão também o seu antigo advogado pessoal, Rudy Giuliani, bem como o seu ex-chefe de gabinete, Mark Meadows, que também já se entregaram na Geórgia.

Trump já tinha recebido quatro acusações este ano, duas delas por tentar reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020. Neste processo, o procurador especial Jack Smith propôs o início do julgamento para janeiro de 2024, poucos dias antes do início das primárias republicanas.

Em Nova Iorque, Donald Trump soma 34 acusações de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, com quem o ex-Presidente teve um caso em 2006, sendo que é esperado em tribunal a 25 de março.

Já na Florida, o republicano contabiliza 40 acusações por roubo e retenção de documentos confidenciais e deve comparecer em tribunal a 20 de maio, a alguns meses das presidenciais de 2024.