Pence reuniu-se hoje com congressistas republicanos no Capitólio para lhes transmitir a mensagem de que a primeira ação do novo Congresso, que iniciou sessão na terça-feira, deverá ser “revogar e substituir o ObamaCare”, como é conhecida a reforma de Obama.
Em conferência de imprensa após essa reunião, o vice-presidente eleito precisou que Trump tomará decisões contra o ObamaCare desde o seu “primeiro dia” na Sala Oval, assinando várias ordens executivas.
Segundo Pence, o novo chefe de Estado usará a sua autoridade executiva para complementar os esforços já iniciados no Congresso pelos republicanos, com maioria em ambas as câmaras, para elaborar um projeto de lei que permita derrogar o ObamaCare.
Na mesma conferência de imprensa, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, sublinhou que, assim que se consiga revogar a lei da Saúde de Obama, é necessário garantir que haja uma “transição estável” para um novo sistema de saúde com “mais opções” e “mais liberdade”.
“Esta lei fracassou”, sentenciou Ryan sobre o ObamaCare, uma reforma promulgada em 2010, que estabelece a obrigatoriedade de se ter um seguro de saúde.
Obama também esteve hoje no Capitólio para se reunir com congressistas democratas com o objetivo de delinear uma estratégia para proteger a sua reforma da Saúde.
Entretanto, através da sua conta na rede social Twitter, Trump avisou hoje de que este ano haverá “aumentos maciços” no custo dos seguros de saúde do ObamaCare e que os democratas são “os únicos culpados do desastre”.
Na terça-feira, na inauguração do novo período de sessões do Congresso, os republicanos do Senado apresentaram uma iniciativa para permitir que a lei da Saúde de Obama possa ser revogada nessa câmara do parlamento norte-americano com apenas 50 votos a favor, em vez dos 60 habitualmente necessários.
A iniciativa dos senadores republicanos instrui igualmente as comissões do Congresso a ter preparado um projeto de lei para revogar o ObamaCare antes de 27 de janeiro.
Nem Trump nem os republicanos do Congresso apresentaram ainda um plano pormenorizado da sua alternativa ao ObamaCare, e os democratas têm denunciado que os mais de 20 milhões de cidadãos que conseguiram a cobertura de um seguro de saúde com a reforma do Presidente cessante estão em risco de a perder.
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