Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) refere que os Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT), vulgarmente designados por ‘drones’, realizaram, entre 28 de maio e 18 de outubro, 1.199 horas e 30 minutos de voo, distribuídas por 280 missões, em apoio ao Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.
Em comparação com 2021, o número de horas de voo dos ‘drones’ das Forças Armadas este ano foi superior ao dobro, o que permitiu vigiar uma área total superior a 10 vezes a área de Portugal Continental (mais de 962.000 km2) e a deteção de 131 ocorrências.
Segundo o EMGFA, as missões foram realizadas a partir de Beja, Mirandela e Lousã, tendo sido empenhadas, diariamente, três tripulações da Esquadra 991, compostas por cinco militares oriundos dos três ramos das Forças Armadas.
O EMGFA indica que estas tripulações, “fruto das especificidades da aeronave, que pode voar até nove horas, atingir altitudes de 10.000 pés e operar afastada várias centenas de quilómetros da tripulação, requerem uma seleção e preparação cuidada e exigente que permita executar a missão com sucesso e segurança”.
O Estado-Maior-General das Forças Armadas dá também conta de 10 voos de treino em período noturno, num total de 20 horas e 45 minutos, os quais permitiram testar o equipamento e respetivos sensores.
“Os resultados obtidos permitiram concluir sobre a efetividade da utilização deste tipo de sistemas em operações noturnas de deteção de incêndios rurais e potenciais zonas quentes, suscetíveis de originar reacendimentos”, indica o comunicado.
O EMGFA sublinha ainda que o empenhamento no âmbito dos incêndios rurais serviu, também, como plataforma de aquisição de conhecimentos para as tripulações, tendo em vista a utilização, a breve trecho, dos SANT em missões de vigilância marítima a partir do Continente e das Ilhas.
Neste contexto, as Forças Armadas realizaram um voo de experimentação operacional para testar este equipamento num voo transatlântico de 8 horas e 30 minutos entre Beja e Porto Santo.
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