O relatório oficial, com dados atualizados no passado dia 13 de abril, indica que 737 vítimas estavam infetadas, de acordo com análises laboratoriais, e as restantes foram dadas como “provavelmente” atingidas pelo vírus do ébola.
Entretanto os novos casos de contágio aumentaram para 1.252, entre os quais 1.185 foram já confirmados em laboratório como casos de ébola.
Este surto — o mais letal da história da RDC e o segundo tendo em conta o número de mortes e casos desde 2014 — foi declarado no passado dia 01 de abril nas províncias de Kivu e Ituri.
O controlo da epidemia tem sido prejudicado pela atitude de algumas povoações que recusam receber tratamento, sobretudo em zonas onde operam grupos armados.
Mesmo assim, desde o passado dia 08 de agosto de 2018, altura em que começou o programa de vacinação, quase 99.800 pessoas foram inoculadas, nas cidades de Katwa, Beni, Butembo, Mabalako e Mandima, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.
Na semana passada, a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICR, na sigla em francês) advertiu que o ébola na RDC está a propagar-se de forma rápida.
A Organização Mundial de saúde (OMS) declarou na sexta-feira estado de emergência internacional, face ao aumento do número de casos nas duas últimas semanas, sublinhando os problemas relacionados com a falta de acesso às zonas controladas por grupos armados.
A declaração internacional do estado de emergência sobre casos de saúde pública implica o aviso formal aos governos no sentido da mobilização de recursos para as regiões afetadas.
O mais devastador surto de ébola a nível mundial foi registado em março de 2014, na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria.
Dois anos depois, em janeiro de 2016, a OMS declarou o fim da epidemia, que provocou a morte a 11.300 pessoas, sendo que, no total, foram contagiadas 28.599 pessoas.
O vírus ébola transmite-se através do contacto direto com fluidos corporais, provoca febres hemorrágicas e pode alcançar uma taxa de mortalidade de quase 90%.
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