O texto final sobre língua gestual portuguesa que saiu da comissão parlamentar de Educação e Ciência resultou de uma síntese de oito diplomas diferentes: três da autoria do Bloco de Esquerda; os outros cinco do PCP, PS, CDS-PP, "Os Verdes" e PAN.
Em linhas gerais, o diploma final pede ao executivo que crie um grupo de recrutamento para docentes de língua gestual portuguesa e que esta área seja incluída no leque de atividades de enriquecimento curricular.
Recomenda-se também ao Governo a criação de uma bolsa de intérpretes da língua gestual, com a valorização desta profissão e medidas para escolas com maior qualidade para os alunos surdos.
Antes, passaram sem votos contra os diplomas do PS e do Bloco de Esquerda sobre a criação do estatuto de estudante desportista, com a resolução dos bloquistas (que teve a abstenção do PSD) a salientar a recomendação ao Governo no sentido de garantir nesta matéria um conjunto de direitos sociais e académicos.
Já sem consenso ficaram projetos de lei do PCP e do Bloco de Esquerda para extinguirem o regime fundacional no Ensino Superior.
PSD, PS e CDS-PP chumbaram o projeto da bancada comunista para revogar o regime fundacional e estabelecer "um modelo de gestão democrática das instituições públicas de Ensino Superior" - um diploma que teve a abstenção do PAN e os votos favoráveis do Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
Sociais-democratas, socialistas e democratas-cristãos estiveram novamente juntos no chumbo do diploma do Bloco de Esquerda para a alteração do regime jurídico das instituições de Ensino Superior de forma a introduzir a paridade, "reforçando o funcionamento democrático das universidades e extinguindo o regime fundacional".
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