Snowden, que agora vive na Rússia para evitar ser processado nos Estados Unidos, sublinhou, numa entrevista hoje na rádio France Inter que “proteger quem faz denúncias não é um ato hostil” e disse que se considerava no direito de obter proteção de França.
O analista já tinha pedido asilo a França, solicitação feita em 2013 ao antecessor de Macron, François Hollande, mas sem sucesso.
A presidência francesa ainda não comentou as declarações feitas na rádio.
O lançamento das memórias de Edward Snowden será feito na terça-feira simultaneamente em 20 países, segundo o seu editor francês.
A obra original intitulada “Permanent record”, totalmente escrita por Snowden, será publicada pela Metropolitan books (Macmillan) nos Estados Unidos.
Em França, o livro vai chamar-se “Mémoire vive” e será publicado pela Editions du Seuil.
Edward Snowden revelou, em 2013, a existência de um sistema de vigilância mundial de comunicações e de internet, tendo sido acusado pelos Estados Unidos de espionagem e apropriação de segredos do Estado.
O realizador norte-americano Oliver Stone dirigiu um filme em 2016 sobre a sua vida, com Joseph Gordon-Levitt no papel de protagonista, e Snowden também surge em “Citizenfour”, o premiado documentário de Laura Poitras.
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