“É urgente que comecemos a pensar, mas a pensar muito seriamente, na criação de num sistema fiscal próprio para a região. Que abarque não só as empresas que estão no Centro Internacional de Negócios, mas todas as empresas que se queiram instalar na Madeira, todas as empresas que já estão instaladas e todos os cidadãos”, frisou o candidato.
Nuno Morna falava aos jornalista junto ao cais do Funchal, no âmbito de uma ação de campanha que hoje de manhã realizou na cidade.
Ao oitavo dia de campanha eleitoral, o cabeça de lista da IL defendeu que esse sistema deveria ter uma “fiscalidade reduzida” e “impostos baixos para ser bastante atrativo”.
O objetivo seria, afirmou, “trazer bastantes empresas de fora, empresas essas que vão gerar emprego, que vão pagar impostos e fazer com que a economia da Madeira alavanque e se torne uma economia pujante, forte e com futuro”.
Referindo-se ao Centro Internacional de Negócios da Madeira, Nuno Morna disse ser uma das “marcas importantes” da autonomia e sublinhou que, “apesar dos defeitos que tem e de todos os problemas que teve, continua a ser uma marca de referência em termos de desenvolvimento, de capacidade que a Madeira teve em criar um nicho que contribui hoje em dia decisivamente para a economia da região”.
“Sabemos dos problemas que existem, sabemos que existem porque o Estado não cumpre a sua função de fiscalização de modo a assegurar que tudo aquilo se passa no Centro Internacional de Negócios se passa com clareza e que tudo o que não se passa com clareza é combatido com firmeza”, disse o candidato.
O cabeça de lista do IL criticou ainda estarem a ser promovidos debates apenas entre os candidatos das chamadas “listas da 1.ª divisão”, como o PS e o PSD, deixando as candidaturas mais pequenas de fora.
“Há que respeitar a possibilidade de todos falarem. Isto aqui não há vencedores antecipados. Ainda ninguém venceu as eleições. Estamos a concorrer em igualdade de circunstâncias”, frisou.
“Há que ter respeito pelas forças políticas mais pequenas e maiores, porque isto é uma democracia e na democracia não há escalonamentos e não há 1.ª, 2.ª ou 3.ª divisões. Há ideias e há debates. Quando isto não acontece, alguma coisa está mal na democracia”, acrescentou.
Nuno Morna fez ainda saber que desafiou o candidato do PS para um debate e que ainda não recebeu resposta: “Mas também não estava à espera que isso acontecesse, porque a IL está na chamada 2.ª ou 3.ª divisão regional dos partidos”, disse.
As eleições legislativas regionais da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
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