Segundo uma nota colocada no ‘site’ do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, “alguns dos arguidos pertencem ao subgrupo mais violento de uma claque de futebol” que, refere a investigação, exerceram violência física sobre adeptos de clubes rivais.
O ‘site’ da Procuradoria Geral Distrital de Lisboa (PGDL) adianta que além dos crimes indicados, os arguidos foram também acusados por detenção de arma proibida e ameaça e resistência e coação sobre funcionário, nomeadamente agentes da polícia.
A TVI, que citou o despacho de acusação, refere que os 36 acusados, 35 homens e uma mulher, são membros dos ‘casual’, a ala mais radical da claque não autorizada do Benfica No Name Boys.
Segundo o MP, a investigação concluiu que os arguidos pertencem a um grupo organizado para a prática de atos de violência de claques/adeptos de clubes rivais, que, em 2018 a 2020, agrediu fisicamente e se apoderou de bens e valores de claques rivais, causando estragos num bar.
Quando elementos policiais chegaram ao local, foram agredidos com ofensas verbais e arremesso de objetos, atingindo alguns deles.
O mesmo grupo, adianta a acusação, agrediram em órgãos vitais uma vítima, sabendo que os ferimentos lhe poderiam causar a morte, arremessaram pedras da calçada contra o autocarro de um clube rival, partindo vidros e, na ocasião, alguns dos arguidos tinham armas.
Entre os acusados estão os suspeitos de, na noite de 04 de junho, fazerem parte do grupo que atacou à pedrada o autocarro do Sport Lisboa e Benfica (SLB), a caminho do centro de estágio do clube, no Seixal, e que poucas horas depois vandalizou a residência do então treinador do clube, Bruno Laje, após o SLB ter empatado em casa com o Tondela, 0-0, em jogo da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
No dia seguinte ao incidente, que provocou ferimentos nos futebolistas Julian Weigl e Zivkovic, atingidos pelos estilhaços dos vidros partidos, o presidente do Benfica pediu uma “punição exemplar” para os autores.
Um dos acusados, detidos durante a “operação Sem Rosto” da PSP, está em prisão preventiva e outros cinco em prisão domiciliária.
A investigação foi dirigida pela 11.ª secção do DIAP de Lisboa, coadjuvada pela PSP.
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