A primeira sonda criada para ir ao sol, inicialmente chamada "Solar Probe Plus", foi agora baptizada de "Parker Solar Probe", em homenagem ao astrofísico Eugene Parker. O anúncio foi feito na conferência de hoje, na University of Chicago, pela NASA.
A sonda solar deverá ser lançada num período de 20 dias, a começar a 31 de julho de 2018 e será submetida a condições extremas, nomeadamente elevadas temperaturas e radiações solares. Esta é a primeira missão da Humanidade ao sol, mais especificamente à atmosfera solar, uma vez que a sonda vai orbitar a superfície da estrela.
Em 1958, Parker publicou um artigo intitulado "As dinâmicas do gás interplanetário e dos campos magnéticos", onde explicava um fenómeno designado de vento solar: existe matéria que escapa do sol e afeta todo o sistema solar.
É também a primeira vez que a NASA batiza uma nave com o nome de um indivíduo vivo, notou Thomas Zurbuchen, administrador na agência espacial norte-americana.
Um dos objetivos da missão é "estudar o fluxo de energia que aquece e acelera a coroa solar e os ventos solares, determinando a estrutura e a dinâmica do plasma e dos campos magnéticos na fonte dos ventos solares e explorar os mecanismos que aceleram e transportam as partículas de energia", segundo um comunicado da NASA, citado pela CNN.
Até ao momento não havia sido feita esta missão devido à inexistência de materiais que o permitissem. Agora, dá-se mais um passo na investigação do sistema solar. Embora já se tivesse estado dentro da órbita de Mercúrio - o planeta mais próximo do sol -, 'tocar' o sol - ou a sua atmosfera - vai permitir responder a questões que de outra forma não seriam respondidas, explicou Nicola Fox, investigadora da NASA.
"Estivemos na órbita de Mercúrio e fizemos coisas incríveis, mas até ires e tocares o sol, não podes responder a estas questões. Porque nos levou 60 anos? Porque os materiais que nos permitiriam fazer isto não existiam", explicou.
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