“Estamos, com a maior celeridade possível, face às circunstâncias que tivemos e continuamos a ter de enfrentar, a trabalhar no sentido de repor o funcionamento dos serviços mínimos da Embaixada, da Secção Consular, da AICEP e do Turismo de Portugal, que se encontravam co-localizados nas instalações da chancelaria”, disse o embaixador, Henrique Silveira Borges.
“Não posso ainda adiantar datas concretas, mas estamos a envidar todos os esforços para que tal possa suceder muito em breve”, afiançou.
Segundo o diplomata, “a chancelaria ficou quase totalmente destruída, e os poucos gabinetes ou equipamento que restaram ficaram tão severamente danificados que não poderão ser reparados”.
O embaixador português explicou à Lusa que “mesmo em situações de emergência, há procedimentos que têm de ser estritamente cumpridos na identificação e mudança para novas instalações (provisórias, num primeiro momento), tais como a verificação dos requisitos mínimos de segurança, a celebração de um contrato de aluguer e a necessária autorização do MNE para o efeito”.
“Mas, repito, tudo estamos a fazer no sentido de agilizar o mais possível esses procedimentos”, reforçou.
Até lá, a representação portuguesa em Estocolmo está a encaminhar os serviços consulares para as embaixadas mais próximas, em Copenhaga, na Dinamarca, e Oslo, Noruega.
Na segunda-feira, a Lusa contactou a embaixada, por correio eletrónico, para saber quando seria retomado o normal atendimento ao público, e recebeu uma resposta automática informando: "Dado o incidente ocorrido na Embaixada em Estocolmo (…), poderá não nos ser possível dar resposta ao seu e-mail em tempo útil".
“Conforme compromisso que assumimos publicamente, através das notas divulgadas nas nossas páginas, manteremos o público em geral e todos os interessados ao corrente da evolução da situação, através designadamente das referidas páginas”, disse ainda à Lusa o embaixador Henrique Silveira Borges.
O incêndio foi provocado por um “gesto criminoso”, disse na ocasião à o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
No edifício onde se registou o incêndio situam-se também as embaixadas da Tunísia e da Argentina. Horas mais tarde, a polícia sueca deteve no centro de Estocolmo um homem suspeito de provocar o incêndio.
Nas declarações à Lusa, o chefe da diplomacia portuguesa disse tratar-se de um “gesto criminoso” causado por “uma pessoa perturbada” e afastou a hipótese de terrorismo.
Comentários