"Durante este último ano, a Operestiva disponibilizou-se para participar ativamente numa alteração profunda das relações laborais no porto de Setúbal. A Operestiva criou e abriu vagas para um quadro permanente de colaboradores", disse a empresa num comunicado.
Na nota de imprensa, a empresa salientou ainda que manifestou disponibilidade "para aumentar a dimensão do quadro permanente inicialmente proposto".
"O único obstáculo à conclusão de um acordo foi a intransigência dos representantes sindicais quanto aos portos de Leixões e de Sines. Estas são circunstâncias às quais a Operestiva e o porto de Setúbal são totalmente alheios. E que prejudicam gravemente todos os trabalhadores do Porto de Setúbal", considerou.
A Operestiva estimou que, na próxima semana, o porto de Setúbal deverá ter uma quebra de 70% na carga movimentada, dado que existe uma “fuga” consistente de clientes para outros portos, nomeadamente espanhóis.
Nestas circunstâncias, a Operestiva vai proceder a uma avaliação da viabilidade económica da empresa.
O Ministério do Mar também já tinha emitido um comunicado a responsabilizar o sindicato dos estivadores pelo falhanço das negociações para um acordo laboral.
Cerca de 90 trabalhadores contratados ao turno, em Setúbal, pela empresa de trabalho portuário Operestiva, alguns há mais de dez e outros há mais de 20 anos, têm estado em greve desde dia 05 contra a situação de precariedade, exigindo, sobretudo, um contrato coletivo de trabalho.
Paralelamente, está também a decorrer uma greve de estivadores ao trabalho extraordinário, que se vai prolongar até janeiro de 2019, em defesa da liberdade de filiação sindical.
Esta greve abrange os portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores).
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