Segundo Helena Lemos, a unidade fabril situada na zona de Santo Ovídio tem drenado, nos últimos dias, os seus efluentes industriais para um coletor que liga à rede das Águas do Norte.
"Do acompanhamento que temos dado ao assunto, não tem havido qualquer problema", comentou.
A autarca espera agora que esta situação, que tem ainda um "caráter provisório", continue a ser acompanhada pelas entidades fiscalizadoras, "para que não haja aqui novos problemas", recordando que a estamparia está obrigada a desativar a sua estação de tratamento de efluentes.
A atividade daquela unidade industrial, que era suspeita de poluir a ribeira de Calvelos, estava há vários meses a ser acompanhada pelas entidades competentes na área do ambiente.
Em julho passado foi sujeita a uma inspeção e as autoridades determinaram a obrigatoriedade de cessação das descargas poluentes para a linha de água e a ligação imediata à rede de saneamento.
A empresa interpôs uma providência cautelar que permitiu, segundo a vereadora, ganhar alguns dias. A estamparia retomou a atividade no início de setembro, incumprindo, de novo, na obrigação de se ligar à rede de saneamento.
No dia 05 de setembro, foi denunciada por uma associação ambientalista local nova descarga poluente e, no dia seguinte, elementos da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), com o apoio de militares do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), deslocaram-se à empresa e detiveram um dos seus responsáveis por alegado crime de desobediência.
O detido ficou sujeito a termo de identidade e residência e o processo baixou a inquérito.
A empresa iniciou então contactos com a Águas do Norte para se ligar à rede pública de saneamento, o que se verificou nos últimos dias.
Helena Lemos disse à Lusa que aquele era o último foco de efluentes industriais, de forma contínua, no concelho, depois de no passado terem sido eliminadas outras situações.
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