O evento vai juntar representantes de municípios, da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, da Direção Geral do Património Cultural, da Associação Portuguesa de Museologia, do Conselho Internacional de Museus e investigadores académicos, a partir das 09:30.
Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Loures e vereador com o pelouro da Cultura, Paulo Piteira (CDU), explicou que o objetivo deste encontro passa por partilhar experiências sobre um tipo de turismo que “ainda é pouco explorado em Portugal”.
“É uma atividade recente em Portugal, que tem vindo a crescer, mas sem atingir uma grande dimensão. Nós temos vindo a desenvolver um projeto de investigação no cemitério de Loures que esperamos vir a replicar noutros cemitérios do concelho”, explicou.
Tendo como ponto de partida o projeto implementando no cemitério de Loures, o autarca sublinhou que “a sociedade está cada vez mais consciente de que os cemitérios são “uma reprodução e espelho daquilo que é o sentido da vida e organização das próprias comunidades”, constituindo “verdadeiros museus a céu aberto”.
“É exatamente essa vertente que pretendemos explorar ao transformar os cemitérios num espaço em que há também um segmento de turismo”, apontou.
O cemitério municipal de Loures data do ano de 1890 e ocupa uma área total de cerca de um hectare, albergando perto de 2.000 sepulturas e 64 jazigos.
Aqui destacam-se a sepultura do médico António de Carvalho Figueiredo (1853-1917), que se distinguiu no estudo da malária, o jazigo do escritor Luís de Sttau Monteiro (1926-1993), autor, entre outras, da obra "Felizmente há Luar", e ainda o mausoléu da Junta Revolucionária de Loures e os talhões dedicados aos combatentes da Primeira Guerra Mundial e aos bombeiros do concelho.
“No início quando falávamos em turismo cemiterial existia alguma desconfiança e surpresa. Nunca podemos esquecer que o cemitério é um local sagrado e de recolhimento, mas é também um espaço de encontro e de ponto de partida para se conhecer a história local e nacional. Acreditamos que pode existir compatibilização com a atividade turística”, defendeu.
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