O movimento islamita palestiniano Hamas elogiou, este domingo, o seu ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel.

Na véspera do primeiro aniversário da ação que desencadeou a guerra em Gaza, Khalil al Haya, membro do Hamas baseado no Qatar, deixou uma mensagem em vídeo.

"O glorioso 7 de outubro deixou em cacos as ilusões que o inimigo tinha criado, convencendo o mundo e a região da sua suposta superioridade e capacidades", afirmou.

Enquanto isso, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, voltou hoje a prometer vitória na guerra, durante uma visita que realizou às tropas estacionadas na fronteira norte do país, muito perto do território libanês.

"Todo o mundo está espantado com os golpes que estão a dar aos nossos inimigos. Felicito-vos. Juntos lutaremos e juntos venceremos, com a ajuda de Deus", proclamou, segundo um comunicado oficial do gabinete do primeiro-ministro citado pela agência de notícias Europress.

Um pouco por todo o mundo, este fim-de-semana foi tempo de manifestações relativas ao conflito no Médio Oriente, entre elas:

  • Centenas de pessoas desafiaram hoje a chuva para gritar que "do Porto até Rafah, Palestina vencerá", numa manifestação que percorreu várias artérias do centro da cidade, apesar de ter sido encurtada devido às condições climatéricas;
  • Milhares de pessoas reuniram-se no centro de Paris em solidariedade para com Israel e os reféns raptados pelo Hamas, trazendo as cores israelitas e os rostos dos cativos, um ano após o ataque sem precedentes do movimento islamita;
  • Um homem, que se apresentou como jornalista, tentou incendiar-se em Washington, durante um protesto contra o apoio dos Estados Unidos a Israel e contra a guerra na Faixa de Gaza;
  • No dia de ontem, a polícia italiana lançou gás lacrimogéneo, usou canhões de água e bastões para dispersar manifestantes violentos, muitos com o rosto coberto, numa marcha pró-Palestina em Roma, que tinha começado de forma pacífica;
  • Dezenas de milhares de pessoas de todo o Reino Unido manifestaram-se no sábado em Londres em solidariedade com os palestinianos para apelar a um cessar-fogo no Médio Oriente.

Já em Israel, as letras hebraicas "Yizkor 7.10" — uma oração memorial para os falecidos que significa "Lembra-te" — iluminam um dos arranha-céus do Centro Azrieli, em Telavive e, na praça Habima, uma instalação de luz, composta por 1600 lâmpadas incandescentes, é um tributo às vidas perdidas nos ataques. Por sua vez, nas paredes da Cidade Velha de Jerusalém, surgem projetadas imagens de 101 reféns israelitas detidos pelo Hamas em Gaza.

Feitas as homenagens, agora resta saber como vai ser o dia de amanhã.