O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, não especificou que tipo de visto tinham, mas afirmou numa conferência de imprensa que a maioria eram "afegãos em risco".

Os afegãos encontram-se em bases militares no país preparadas para os alojar enquanto o estatuto legal no país está a ser formalizado.

Este número é, contudo, apenas uma parte do total de 124.000 retirados entre 14 e 31 de agosto pelas tropas dos EUA e da coligação internacional.

Por seu lado, o Pentágono disse que aproximadamente mais 20.000 afegãos estão em centros de trânsito em países do Médio Oriente e cerca de 23.000 em bases militares em sete países europeus.

Price adiantou também que 4.500 cidadãos norte-americanos já regressaram ao país, como parte do esforço de evacuação, e reconheceu que cerca de 100 permanecem no Afeganistão.

Os Estados Unidos completaram a retirada das suas tropas do Afeganistão a 31 de agosto, após 20 anos de guerra.

A administração do Presidente, Joe Biden, tem sido amplamente criticada por republicanos e veteranos por "deixar para trás" norte-americanos e pela forma como lidou com a retirada, tendo-se assistido a cenas caóticas no aeroporto de Cabul.

O Secretário da Defesa, Lloyd Austin, admitiu na quarta-feira que está ciente de que estes têm sido dias difíceis para muitos, referindo-se à morte de 13 soldados na quinta-feira da semana passada num ataque do grupo terrorista Estado Islâmico (IS) ao aeroporto da capital, que também causou dezenas de mortos e feridos entre os afegãos.