Em comunicado enviado à agência Lusa, a LPN diz ter encontrado também um milhafre-real, ainda com vida, que apresentava sintomas de envenenamento, tendo encaminhado o animal para um centro de recuperação, em Olhão, no distrito de Faro, onde ainda se encontra a recuperar.
Na última semana, segundo a associação ambientalista, uma equipa cinotécnica da GNR detetou na mesma zona uma raposa morta e os cadáveres de mais cinco milhafres-reais e de uma águia-imperial-ibérica, todos com "fortes indícios" de envenenamento.
"A situação continuou, no dia seguinte, com a deteção de mais três cadáveres de milhafres-reais, perfazendo um total de 11 animais envenenados", escreve, referindo que "tudo parece indicar" que os casos têm "uma origem comum".
A LPN adianta que as equipas do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR "têm vindo a recolher os cadáveres encontrados" e "outras evidências", que "foram encaminhadas para análises forenses e que possibilitarão a confirmação da causa de morte, a identificação da substância utilizada e o autor do crime".
"Este novo episódio de envenenamento massivo, o maior identificado, até agora, na ZPE de Castro Verde, não é um caso isolado, existindo um demasiado longo historial de eventos de envenenamento identificados nos últimos anos", assinala.
A organização não governamental diz que "o flagelo do uso ilegal de venenos continua a atingir muitas regiões rurais" do país, alertando que o risco de envenenamento ameaça "a conservação da natureza, mas também a saúde pública das comunidades locais".
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