"O Conselho Regulador da ERC deliberou instaurar um processo de contraordenação contra a Vertix/Prisa e Pluris/Mário Ferreira pela existência de fortes indícios de ocorrência de uma alteração não autorizada de domínio nos operadores que compõem o universo da Media Capital", refere a ERC no seu 'site'.
"A alteração de domínio sobre um operador de rádio ou de televisão com serviços de programas licenciados sem a necessária autorização da ERC constitui contraordenação, prevista na Lei da Rádio (...), punível com coima entre €10.000 e €100.000 e na Lei da Televisão (...) contraordenação muito grave, punível com coima entre 75.000 e 375.000 euros e com suspensão da licença pelo período de 1 a 10 dias", lê-se no documento.
"Para a aferição do domínio e da sua alteração, é relevante avaliar não só se existe detenção da maioria do capital ou dos direitos de voto (seja direta, seja indiretamente), ou o poder de nomear/destituir a maioria dos titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização, mas também se existem participações qualificadas ou direitos especiais que permitam influenciar de forma determinante os processos decisórios ou as opções estratégicas adotadas pela empresa em relação à qual se avalia o domínio", salienta a ERC.
Esta contaordenação surge na sequêncai de uma análise que a ERC anunciou que estava a fazer, em 17 de julho, sobre as mudanças na estrutura acionista da dona da TVI.
Mário Ferreira comprou em maio 30,22% da Media Capital (TVI), através da Pluris Investments, por 10,5 milhões de euros.
Entretanto, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou na sexta-feira que considera que há concertação entre a Pluris Investments e a espanhola Prisa na Media Capital, tendo agora o empresário Mário Ferreira até final da próxima semana para responder ao projeto de decisão sobre esta concertação.
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